quinta-feira, 24 de maio de 2012


Despesa pública em Portugal é inferior à média da zona euro


A despesa pública do Estado português atingiu em 2011 os 48,9% do PIB, um valor abaixo das médias da zona euro (49,3%) e da UE (49,1%).
Segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat, também o peso da receita pública sobre a economia é mais reduzido em Portugal que na média da zona euro: as receitas do Estado equivalem a 44,7% do PIB em Portugal, são 45,2% nos 17 (no cômputo da União Europeia, a receita representa 44,6% do PIB).
Entre os 17 membros da zona euro, havia em 2011 oito países onde a despesa pública foi maior, em percentagem do respetivo PIB, que em Portugal: França (55,9%), Finlândia (54%), Bélgica (53,3), Eslovénia (50,9), Áustria (50,5), Grécia (50,1), Holanda (50,1) e Itália (49,9).
Nos números do gabinete estatístico da Comissão Europeia, que reproduzem dados do Instituto Nacional de Estatística, o défice orçamental português em 2011 ficou nos 4,2% do PIB - valor quase igual ao da média da zona euro (4,1%) e inferior ao da média da União (4,5%).
Já a dívida pública portuguesa fica muito acima das médias da zona euro (87,2%) e da União (87,2%): na definição do Eurostat, atingiu os 107,8% em 2011.
Os estados-membros da União notificam duas vezes por ano (março e setembro) o Eurostat sobre os saldos orçamentais dos anos anteriores, atualizando os números com as últimas correções introduzidas.

Análise:
Como podemos observar, Portugal é o país europeu que tem as receitas do Estado são baixas. A taxa da receita do Estado é de 44,6% e o PIB português é de 45,2%.
 Mesmo a Grécia, supostamente o país mais “pobre” e problemático da Europa, consegue ter uma percentagem de 50,1% de receita.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Recessão em Portugal vai continuar até "meados de 2013"


A economia portuguesa vai cair 3,2 por cento este ano e 0,9 por cento no próximo, segundo previsões económicas hoje divulgadas pelo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
Nestas projeções, as mais pessimistas relativamente a 2013 até agora divulgadas por instituições internacionais, a taxa de desemprego também vai continuar a crescer, ultrapassando os 16 por cento no próximo ano.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que "a profunda consolidação fiscal, o desendividamento da banca e a fraca procura externa" vão prolongar a recessão "até meados de 2013". Num capítulo do seu "Outlook" dedicado à economia portuguesa, a organização prevê que uma redução no consumo privado de 6,8 por cento este ano e 3,2 por cento no próximo; e um crescimento das exportações de 3,4 por cento este ano e 5,1 por cento em 2013. Estes valores são menos otimistas que os do Ministério das Finanças.
A previsão mais recente do Governo aponta para uma contração de 3 por cento do PIB este ano, seguida por uma ligeira retoma de 0,6 por cento no próximo. A 'troika' aponta para números mais cautelosos (-3,3 por cento em 2012, retoma de 0,3 por cento em 2013). Mesmo o Banco de Portugal (queda de 3,4 por cento este ano, crescimento nulo em 2013) não era tão pessimista como a OCDE.
No entanto, segundo o relatório da OCDE, o cenário para Portugal corre o risco de ainda ser pior: "Uma deterioração adicional das condições de crédito na zona euro teria impacto sobre a atividade económica".
Por outro lado, a OCDE nota que as exportações têm evoluído "surpreendentemente bem, talvez devido à diversificação e ao efeito benéfico das reformas estruturais"; se esta evolução persistir, a recessão "será menos profunda e a recuperação mais forte que o projetado".
Para o cômputo da zona euro, a OCDE prevê que a economia encolha 0,1 por cento este ano, crescendo apenas 0,9 por cento em 2013. in jornal de noticias 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Finanças


Maria Luís Albuquerque, a secretária de Estado do Tesouro e Finanças, voltou na passada sexta-feira à Assembleia da República para a primeira audição da nova comissão parlamentar de inquérito sobre a venda do BPN. Maria Luís Albuquerque afirmou que pretende "deixar o processo [BPN] encerrado até ao final do mandato".
A responsável garantiu que "o objectivo do Estado é primeiro maximizar o valor a recuperar para que o prejuízo para os contribuintes seja o menor possível". Nesse sentido, explicou, "o objectivo será encontrar a melhor forma de gerir os activos que não devem ou podem ser alienados de imediato - por exemplo os créditos, que temos que avaliar se é preferível manter sob gestão ou alienar. Quanto aos activos físicos, vamos proceder a sua alienação assim que possível", afirmou. Entre os activos do BPN encontra-se uma valiosa colecção de quadros de Miró que segundo a Secretária de Estado serão vendidas em leilão, "num clima de total transparência".
Na ocasião, a responsável voltou a salientar que a proposta do banco BIC era a única viável, sublinhando que o Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) não tinha apresentado uma proposta que garantisse "tranquilidade ao Governo". O deputado comunista Honório Novo acusou a Secretária de Estado de não ter revelado todos os contornos da proposta apresentada pelo NEI - que oferecia mais de 100 milhões de euros pelo BPN. A responsável retorquiu afirmando que ela própria teve reuniões com o NEI e nessas reuniões tentou-se directamente obter resposta a um conjunto de questões. "As respostas que obtivemos não nos deixaram tranquilos. O NEI disse que tinha um parceiro estrangeiro que entraria com o financiamento, mas recusou-se a revelar quem seria. O montante oferecido deve ser sempre avaliado em função das garantias oferecidas", sublinhou.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Política Fiscal

Ponte de Lima mantém política fiscal "amiga das famílias e empresas" apesar da austeridade

Publicado em 2010-10-29

A Câmara de Ponte de Lima, única no país liderada pelo CDS-PP, vai abdicar, em 2011, de mais de um milhão de euros em IRS e derrama, apesar do "corte significativo" nas transferências do Estado.
O presidente da Câmara, Victor Mendes, disse à Lusa, que, em relação a 2010, o Município vai receber menos 715 mil euros, mas no conjunto dos dois últimos anos o corte ascende a 1,2 milhões de euros.
"É muito dinheiro, mas felizmente o município de Ponte de Lima goza de uma saúde financeira que permite uma política de benefícios fiscais para cidadãos e empresas, que também atravessam dificuldades", referiu.
Ao abdicar dos 5 por cento do IRS, a Câmara deixa de encaixar 574 mil euros, enquanto que a não cobrança da derrama "custa" 500 mil euros aos cofres municipais.
Mas a política fiscal "amiga das famílias e das empresas" traduz-se ainda na não cobrança de IMT (Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) para as empresas que se instalem nos pólos empresariais do concelho ou mesmo fora deles, caso seja considerado um investimento estratégico.
Taxas de licenciamento "das mais baratas do país" e não cobrança pela recolha do lixo são outros exemplos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Portugal pode sair da recessão este ano

Portugal pode sair da recessão este ano
Por Redação
Uma análise ao último indicador avançado pela OCDE revela que há uma probabilidade de, até ao fim de 2012, o País sair da situação de recessão que atravessa.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) não prevê uma variação negativa para Portugal, após o indicador se manter inalterado face ao mês de março, o que acontece pela primeira vez em mais de um ano.

A confirmar-se esta evolução, aumenta a probabilidade de até final deste ano a recessão se dissipar, antevendo depois um eventual crescimento económico.

A informação revelada pela OCDE esta quinta-feira mostra a previsão daquele órgão para o comportamento da economia nos próximos meses.

Segundo o mesmo relatório, citado pelo Jornal de Negócios, este prevê uma quebra de três pontos no PIB português na ordem dos três por cento, além de um crescimento do mesmo de 0,6% em 2013.
20:24 - 10-05-2012

Grécia e novos dados económicos impulsionam Wall Street

Grécia e novos dados económicos impulsionam Wall Street
 
As bolsas norte-americanas ganharam terreno, na quase generalidade, sustentadas pela expectativa de que a Grécia permaneça no euro e pela queda dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada nos EUA.
Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico fecharam no verde, com excepção do Nasdaq, que cedeu ligeiramente devido sobretudo ao mau desempenho da Cisco. O Dow Jones e o S&P 500 foram animados pela tentativa do ex-ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, de formar governo, o que, a acontecer, garantirá que o país permanecerá na Zona Euro. A bolsa de Atenas foi impulsionada por esta expectativa, tendo escalado mais de 6%.

Além disso, os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA diminuíram na semana passada para mínimos de um mês, o que também sustentou a negociação. O défice comercial norte-americano aumentou mais do que o esperado, em Março, mas as notícias positivas tiveram mais peso no sentimento dos investidores.

O índice industrial Dow Jones fechou a ganhar 0,16%, fixando-se nos 12.855,04 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,04%, a negociar nos 2.933,64 pontos.

Por seu lado, o S&P 500 somou 0,11% para se estabelecer nos 1.356,10 pontos, retomando assim do mais baixo nível de dois meses marcado ontem.

O Citigroup e o Wells Fargo avançaram mais de 1%, liderando os ganhos no sector financeiro.

A Monster Beverage e a News Corp também ganharam terreno, depois de reportarem lucros acima das estimativas.

Em contrapartida, a Cisco Systems recuou, após a apresentação de lucros e vendas aquém das projecções dos analistas.

quarta-feira, 9 de maio de 2012


PIB 'per capita' manteve-se em 80% da média europeia em 2010
Publicado em 2011-12-13 Jornal de Noticias

  O PIB 'per capita' português continuou em 2010 num valor inferior à média da União Europeia, alcançando, tal como em 2009, um valor equivalente 80% dessa média.

O indicador do Produto Interno Bruto (PIB) medido em paridades de poder de compra (PPC) , divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira, permite fazer estimativas para os agregados da despesa ajustados das diferenças de preços relativos de 27 países da União Europeia e de 37 países europeus.

O Luxemburgo ocupa o primeiro lugar da tabela de 37 países ao registar um PIB 'per capita' de 271%, acima dos 266% de 2009, ultrapassando com grande distância a média da União Europeia e o PIB do segundo país do 'ranking', a Noruega com um PIB de 181% (acima dos 176% de 2009).

Dividindo os 37 países por grupos calculados por ordem decrescente do PIB, o primeiro grupo - com valores iguais ou superiores a 125% - integra, além daqueles dois países, a Suíça (147%), Holanda (133%), Irlanda (128%), Dinamarca(127%) e Áustria (126%), sendo que em 2009 a Dinamarca ocupava o último lugar deste grupo.
Ao contrário deste primeiro grupo, no qual todos os países registaram aumentos do PIB (relativo), o segundo grupo regista subidas, descidas e manutenções.

A Suécia lidera com um PIB de 123% em 2010, acima dos 119% de 2009, registando também melhorias a Bélgica (119%), a Alemanha (118%) e o Reino Unido (112%). A Finlândia (115%) e a França (108%) mantêm os PIB de 2009 e aIslândia (111%), Itália (101%) e Espanha (100%) registam quedas.