segunda-feira, 14 de maio de 2012

Finanças


Maria Luís Albuquerque, a secretária de Estado do Tesouro e Finanças, voltou na passada sexta-feira à Assembleia da República para a primeira audição da nova comissão parlamentar de inquérito sobre a venda do BPN. Maria Luís Albuquerque afirmou que pretende "deixar o processo [BPN] encerrado até ao final do mandato".
A responsável garantiu que "o objectivo do Estado é primeiro maximizar o valor a recuperar para que o prejuízo para os contribuintes seja o menor possível". Nesse sentido, explicou, "o objectivo será encontrar a melhor forma de gerir os activos que não devem ou podem ser alienados de imediato - por exemplo os créditos, que temos que avaliar se é preferível manter sob gestão ou alienar. Quanto aos activos físicos, vamos proceder a sua alienação assim que possível", afirmou. Entre os activos do BPN encontra-se uma valiosa colecção de quadros de Miró que segundo a Secretária de Estado serão vendidas em leilão, "num clima de total transparência".
Na ocasião, a responsável voltou a salientar que a proposta do banco BIC era a única viável, sublinhando que o Núcleo Estratégico de Investidores (NEI) não tinha apresentado uma proposta que garantisse "tranquilidade ao Governo". O deputado comunista Honório Novo acusou a Secretária de Estado de não ter revelado todos os contornos da proposta apresentada pelo NEI - que oferecia mais de 100 milhões de euros pelo BPN. A responsável retorquiu afirmando que ela própria teve reuniões com o NEI e nessas reuniões tentou-se directamente obter resposta a um conjunto de questões. "As respostas que obtivemos não nos deixaram tranquilos. O NEI disse que tinha um parceiro estrangeiro que entraria com o financiamento, mas recusou-se a revelar quem seria. O montante oferecido deve ser sempre avaliado em função das garantias oferecidas", sublinhou.

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